20 agosto 2010

Em 2010/2011, só uma escola encerra em Sever do Vouga

Das 701 escolas do 1.º ciclo que já não vão abrir este ano lectivo (2010/2011), 384 estão localizadas no Norte do país, 152 no Centro e 121 na região de Lisboa e Vale do Tejo. No Alentejo, vão encerrar 32 estabelecimentos do 1.º ciclo e no Algarve 12.

Na região Norte do país vão encerrar mais escolas do 1.º ciclo do que no resto do país. Lamego é o concelho que vai fechar as portas de mais estabelecimentos, 21 no total.

Em Sever do Vouga apenas uma escola encerrará as suas portas. Trata-se da Escola Básica da Remolha (Silva Escura). No Baixo Vouga o município de Anadia é o mais afectado: 8 escolas vão fechar. Seguem-se Meallhada (7), Vagos (3), Aveiro (2), Ovar (2) e Oliveira do Bairro (1).

19 agosto 2010

Padre Vítor Espadilha homenageado

As Paróquias da Moita e Vila Nova de Monsarros em conjunto homenagearam, no passado domingo, o Pároco Vítor Espadilha, pelos 25 anos de sacerdócio. A homenagem decorreu, no passado domingo, dia 15 de Agosto, durante um almoço/convívio, onde estiveram presentes cerca de duas centenas de pessoas.

Vítor Espadilha nasceu no Brasil, tem 51 anos, frequentou o Seminário em Toledo, tendo sido ordenado Padre em Portugal. É Pároco da Moita e Vila Nova de Monsarros há cerca de sete anos. Contudo, iniciou o seu sacerdócio na paróquia de Cedrim (Sever do Vouga) onde esteve 18 anos.

Durante o almoço foi passado em powerpoint o filme da sua vida. No final foi entregue uma lembrança das duas paróquias.

Ao final da tarde, no Santuário de Schoenstatt (Gafanha da Nazaré) foi celebrada uma missa, com a presença do Bispo de Aveiro, Párocos e representantes das diferentes congregações religiosas do distrito. A missa foi cantada pelo Grupo Coral da Moita.

Durante o discurso, o Bispo de Aveiro enalteceu a sua obra como religioso e a forma como tem passado a mensagem de Deus com uma nova postura e maneira de estar, através da espiritualidade e da realização de peregrinações.

in Região Bairradina

11 agosto 2010

Para que serve tanto ministério?

Se não existisse ministério da Agricultura o país estaria pior? Creio que não. Bastava um simples Director-Geral para despachar burocracia. Mais a mais com um ministério da Economia mesmo ao lado, não faz sentido manter o monstro burocrático que é o ministério da Agricultura. Acaso a agricultura não é economia? Será o quê? E ainda se ganhavam uns milhões em ordenados, gabinetes e despesas gerais de manutenção...

Não tenho dúvidas que sem ministério teríamos facilmente uma agricultura mais desenvolvida e próspera. Para o estado do problema bastaria que existisse apenas um Director-Geral encarregue do assunto. Mais a amais tendo ao lado um ministério da Economia, que só faz sentido também num país socialista, em que o Estado se toma por um agente económico igual aos outros.

Peço desculpa de desiludir os leitores, mas julgo que há questões de fundo mais importantes do que falar dos cornos que despediram Manuel Pinho do Governo. O mesmo Manuel Pinho, aliás, que foi eleito deputado por Aveiro nas listas do PS, convém lembrar...

Ainda recentemente tivemos mais um exemplo da inanidade ministerial na agricultura. Por ocasião da inauguração da II Feira do Mirtilo de Sever do Vouga, Manuel Soares, presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, por sinal também socialista, lastimou "os graves atrasos do Ministério da Agricultura na aprovação de projectos agrícolas relacionados com o desenvolvimento do cultivo do mirtilo".

José Valente, presidente da Associação Empresarial que actua nos concelhos de Albergaria-a-Velha, Estarreja, Murtosa e Sever do Vouga, pôs o dedo na ferida: "Quantos técnicos do Ministério vieram a Sever do Vouga procurar ajudar os nossos produtores de mirtilo?", questionou, para responder logo a seguir: "Zero". Mais uma pergunta: "Quantos técnicos vieram a Sever do Vouga auxiliar no preenchimento dos formulários para candidaturas à União Europeia?", perguntou e também respondeu: "Zero".

E acrescentou ainda, dando eco aos lamentos dos produtores de Sever do Vouga: "Mas depois, sem nunca saírem dos seus gabinetes para vir ao terreno ver o que se está a fazer, vieram dizer que não era assim que se fazia". O esforço que se tem feito na implantação de uma plataforma internacional de produtores do mirtilo, da qual Sever do Vouga faz parte, "merecia outra atenção por parte do MA".

A dinâmica económica que está gerada em Sever do Vouga com o mirtilo não merece o desprezo do ministério. Era justo que o país votasse ao desprezo o ministério, extinguindo-o.

Homenagem a título póstumo ao meu amigo Jorge Ferreira. Texto publicado no Diário de Aveiro (10/07/2009).